Uma dia, estava me dirigindo a fila preferencial ostentando uma senhora barriga de 6 meses em um domingo no supermercado cheio (eu fazia questão até quando estava vazio, era meu direito, oras) e dei de cara com 2 jovens e uma periguete com um carrinho cheio na fila preferencial entre um casal com duas crianças e um senhor idoso na fila preferencial. Hummmmmm... Como assim? O supermercado tava cheio, um calor danado e eles, malandros, na fila preferencial que também estava cheia? aff... Pedi ao meu marido que falasse com o segurança pra "avisar" que eles estavam na fila errada, afinal, podia ser um engano. Ledo engano meu. Eles deram de ombros e deixaram o segurança (que tinha cara de bocó, diga-se de passagem) com cara de bocó. Passaram-se alguns minutos e aquele ar de indignação de todos na fila ficou pairando, alguns resmungos aqui e ali e tudo continuou igual. Nossa, eu só pensava: gente, tá errado! Ninguém vai fazer nada? Meu sangue deu uma fervida e quando meu marido percebeu eu tava lá na frente da fila com o dedinho levantado tirando satisfação com os fura-fila. Bláblábla. Problema não resolvido, mas eu e o idoso passamos a frente deles. Eu fiquei lá matutando por que as pessoas não respeitam as "regras" da vida em sociedade e por que todas as outras pessoas que estavam com a mesma sensação não fizeram nada e por que raios eu fiquei tão puta com vontade de voar neles.
Óbvio que precisava justificar meus surtos quando ficava mais calma para entender o que acontecia. Justificava tão bem justificado que acreditava piamente nas teses que bolava. Acredito nessa até hoje: A mulher grávida quer prover um mundo melhor para seu baby e portanto seu tolerômetro para pessoas "eu quero me dar bem e sou sem noção" é gravemente alterado. Agora junta isso com altas doses regulares de hormônios da TPM.
A vontade era banir desse reino, após um bem articulado sermão da montanha, todas as pessoas apressadas que não estavam em sintonia com o conto de fadas que DEVE ser a vida da grávida. Os mal-educados, escrotos e sem noção? Cenas de violência explícita pesadíssimas estilo jogos mortais passavam pela cabeça.
Problemas no trânsito eram pseudoresolvidos com gritos histéricos, xingamentos de gerações e buzinaço. Ai da atendente, vendedora ou caixa de supermercado que não me cumprimentassem sorridentes, quem elas pensam que são? Garçons, então? Eles tinham uma missão importantíssima nesse mundo, uma responsabilidade sem igual: comida. O preço de uma negativa na bagunça que eu sempre fazia misturando os pratos e acompanhamentos do cardápio era muito alto: praga de terçol com proporções de furúnculo!
Mas passou, tá? Juro! Agora sou uma pessoa calma, serena. Outro dia, no restaurante com minha filha de 3 semanas dormindo tranquilamente no carrinho, até sorri para a mãe que não segurou seu filhote hiperativo que meteu o carão no carrinho da minha filha e acordou ela no susto gritando: olha o neném, olha o neném! Grrrrrrrrrr....
Ah então melhorou mesmo!
ResponderExcluirMas voltando ao início, é incrível a falta de respeito de algumas pessoas né? Eu também não tolerava.
Bj, gracinha a Letícia.
Sim! Já ouvi relatos de que no metrô ninguém cede o lugar. Absurdo!!
ExcluirObrigada!!
Menina, essa coisa de fila preferencial é terrível!!! Uma vez eu estava no supermercado (sempre supermercados, né?) e tinha uma fila enooorme, mesmo no preferencial. Mas fiquei por lá mesmo, para fazer valer meu direito. Daí, o velhinho que estava na minha frente mandou a mulher, igualmente velhinha, catar uns chocolates láááá no setor de doces (era perto da Páscoa). Cara, eles voltaram com mais de 20 caixas de Ferrero Rocher e a mocinha do caixa passou UMA POR UMA.
ResponderExcluirOh, god!
E que bom você por lá. Também estou cá, torcendo para que sua amamentação seja melhor que a minha e que a Leticia aprenda rapidinho o que é noite e o que é dia.
=)
bjs
É nessas horas que apertam as dores nos pés, né? Pior que acho que fiquei mal acostumada, não vou conseguir enfrentar um filão sem ser preferencial!! rsrs
ExcluirOremos na torcida!! bjos!!